Sunday, December 14, 2008

Parte I- Mai 08


Sensação de prazer! Tentam roubar-me o sonho, mas a minha individualidade não o permite. Passo a esclarecer-me. A característica que não entendes em mim (seja lá aquilo que te move para o confronto…) é a minha INDIVIDUALIDADE, o meu não apego pelo banal. Aquilo que temos para dar é sempre subtil e carregadinho de bons momentos. O Todo? É apenas aquilo que nós mesmo construímos.
Agora, não te permito uma irracionalidade para cima de mim. Se não entendes, espera e a vida encaminhar-se-á de explicar-te a diferença entre o básico do funcional.
Quanto a ti, o depois resulta daquilo que cada um de nós objectivar.

Mais do que uma relação ou ligação, senti uma compatibilidade. Um momento que fui e sou eu. Tenho medo, mas um medo diferente. Um medo que quer esperar pelos sinais. Esqueço-me quase sempre dos sinais, o que transforma tudo em vão. É a capacidade em tornar belo o indefinido, em coleccionar vivências repetidas e seguras.
Digo-te do fundo da minha essência: chega!!! Chega de fantasiar, chega de estar presa a um ideal do passado. Preciso de tempo…

Parte I- Abr 08


Os sonhos não são feitos de bolas de sabão. Mas a vida sim!
Os sonhos não são nuvens de algodão. Mas a vida sim!
Estou num sonho com a minha vida. Sensação estranha esta, vida boa a minha!
Não é fácil gerir uma vida e um sonho, ter tudo complementado e em sintonia. Cada indivíduo tem sempre um pouco disto, um pouco daquilo. Ninguém tem 100% de nada. Talvez tudo seja relativo mas bastante gostoso.

Encontro-me na pausa das observações dos meus “meninos” São simplesmente complexos, lindos e senhores de uma tradição cultural fantástica! Algumas estereotipias, consequência da falta de estímulos…
Há muito que não tenho estímulos verdadeiros (os meus chimps são o meu único estimulo de percurso!). Por vezes, surgem uns enganadores e distorcidos pela mentira. Cansa-me e deixa-me a reflectir. Talvez nem tudo tenha um sentido racional…
Estou na fase de observação do meu próprio mundo. Do que me rodeia. Tenho as emoções em sintonia e nada parece fazer-me reagir. Será a energia antropóide que me faz sentir assim?!! Apetece-me responder com um grande SIM!!!
O Dári acordou e precisa de mim.


Imagem de Thomas Northcut

Parte II- Mar 08



Hmmm, manhãs tão gostosas! Nem o acordar cedo é um problema. Mais uma caminhada e chego ao meu sonho. Alguns dos chimpanzés já me reconhecem. O Dári destaca-se do resto do grupo, solicita sempre uma corrida. As fêmeas estranham-me, são bastante desconfiadas. A Kika, um infantil, começa a ocupar uma atenção muito especial. É a bebé mais bonita, é a menina dos meus olhos!
Tenho uma rotina, mas não a sinto como tal. Nada me aborrece, nada me incomoda. Quero ficar aqui para sempre!!!

Friday, December 12, 2008

Parte II- Fev 08


A simplicidade de uma manhã, o silencio de outros corpos, as aves acordadas e nós na troca de uma invasão! Algo é despertado, as borboletas invadem cada pedacinho de pensamento. Não me assusto, não sinto mal-estar. Sou eu e uma focalização de sinais.
Uma permissão da simplicidade do acreditar, do amor. Não vejo mais além do agora… Fecho os olhos e volto ao carrossel…


Imagem de Anne-Marie Weber

Parte I- Fev 08


O mesmo choro de incompreensão. Sonhei contigo minha pequenina (até o feijão esteve no meu sonho!) e acordo com uma notícia menos agradável: não vamos passear… E uma segunda alternativa não me convence. Fez-me sentir uma similaridade e consciência emocional. Estas células memória devem ter séculos de sufoco!

Queria ter-te aqui pequenina, queria ir passear no nosso jardim do silêncio. Queria ter a minha menina aqui, queria não estar triste, quero estar feliz! Quando vai parar o carrossel do sufoco?!

A plateia não aplaudiu. Uma nova menina abriu caminho para mais um bom sonho. Um sonho que rompe toda a expectativa de uma simplicidade humana, que implica um vencedor…


Imagem de Todd Korol

Parte I- Jan 08


Sinto-me MAIS forte e encontro-me longe das minhas origens! Como se o corte do cordão carregado de condicionamentos e mal-estar realçasse cada apreciação que faço sobre a minha vida… mas por vezes gostaria de regressar à redoma protectora e sentir mais segurança.

Sou invadida pela sensação da brevidade com que cheguei aos meus sonhos, tal sensação não habitual no meu percurso evolutivo!
Realço uma vez mais: sinto-me MAIS forte! Decisões que resultam apenas de mim, nada me preocupa, e antecipo qualquer stress que poderia abanar este percurso…

Como se a felicidade fosse tão possível, minimizando os picos de alternância de estado. Os sons primordiais surgem para embelezar este processo! É bom sentir que esta visão optimista emergiu bem cedo em mim. Tudo é uma questão de comunicação comportamental!
Brevemente regresso às nossas origens longínquas e espero dar um salto para o presente humano…


foto de Rebecca Miller

Tuesday, December 11, 2007

A última noite, o início dos dias


Chega sempre a Hora certa, a da Chegada e a da Partida.
Faço uma reflexão geral… sinto-me tranquila e confiante. Está ultrapassada a primeira barreira! É óptima a sensação que resulta da resolução dos obstáculos, de pensar nos problemas apenas como meros iniciadores de soluções rápidas e evolutivas. É bom sentir o quanto é gratificante o Jogo de Cintura, o jogo da verdadeira aprendizagem.

O que levo no Baú? Mais do que quando cá cheguei. Levo os SONHOS, levo mais um bloco para subir para o próximo nível. Levo a indiferença pela tua ignorância. Levo um novo AMOR, um novo horizonte! Acabou o sufoco de uma entidade perdida e sem rumo. Acabaram as amarras psicológicas e desprezíveis. Acabaram as inibições de qualquer contacto social. Acabaram as saídas de fugas conscientes. Uma nova levada de ar Fresco

Gostava de vos transmitir o quanto está a ser importante esta nova fase (também para vocês não vou regressar…). Sinto que tudo aqui acontece em cada movimento da minha VIDA. Ergo o olhar, e toda a paisagem é nova e estranha. Todo o meu dia-a-dia é uma incerteza proveitosa. Todas as acções são apenas despertadas por mim. Não há inércia, há um desenrascar constante e intuitivo. Nada é familiar, nem os sons nem os cheiros. As faces são diversificadas e atentas. O movimento da cidade é um estímulo para uma reflexão natural. Às vezes penso que seria reconfortante ter cada um de vós aqui ao pé de mim… mas não seria a mesma evolução!

Sinto-me uma cidadã do MUNDO, um pedaço de uma energia que necessita de fluir ao longo do tempo. É como se entrasse no espaço Vital daqueles que têm algo para pôr à prova, ou que simplesmente afirmam a minha racionalidade sobre a essência de um viver… há algo mais do que um Sim!!!



imagem de Emiko Aumann

Monday, December 03, 2007

luva branca e o Sol


De um simples imundo pensamento ao sorriso da ALMA...
Se acreditasse na ALMA como um conceito para caracterizar a essência de cada um de nós, diria apenas que não a possuís.
Se acreditasse nas etapas hierárquicas das ALMAS, diria que não estás apto a evoluir.

Imagina uma simples cobaia de laboratório. Imagina que esta condicionou-se a reagir simplesmente aos efeitos desejados por quem a observa. Imagina que a mesma dose inicial (que tanto prazer lhe proporcionou!) foi-lhe administrada. Por condicionamento, sujeita-se a não reagir (a própria psicologia explicaria o fenómeno comportamental associado!). Segundo uma ideia básica para um organismo biológico, a própria sobrevivência do indivíduo estaria em causa. Este INDIVÍDUO não satisfaz a ideia básica da VIDA. A EVOLUÇÃO. A ACÇÃO-REACÇÃO. A ESSÊNCIA. O DINAMISMO. A EMANCIPAÇÃO dos PRAZERES. O PRAZER. O MERGULHO. O ACORDAR. O VIVER. O ACORDAR. O RECOLHER. O EU e o NÓS!



Como autista social, apenas movimentas-te como um fantoche nas mãos daqueles que nos querem apanhar VIVOS. E como predadores insaciáveis, destroem-nos e sugam-nos a nossa própria INOCÊNCIA. O nosso EU, o mais subtil sentimento de PARTILHA. Partilha implica interacção, troca, vibrações aleatórias, ou um PRAZER MÚTUO!!!



imagem de Sharon Dominick

salpicos de saudade

Um grito de socorro ao deixar o meu Porto... não consegui ver a PONTE! Um nevoeiro que teimou em não mostrar-me gratuitamente a beleza do meu CONFORTO. Revolta. Como se a grande aprendizagem se mascarasse no acreditar inocente de um controle de acções! Deixo para trás o meu verdadeiro mundo, já não consigo encontrar um EU no meio de tanta face desconhecida... deixo para trás a minha companhia fiel (até nisto me fudeste!!!), uma família que completa a minha a caminhada... sinto FALTA de cada um de vós...

Gritos noturnos


Sinto que sou uma enganadora sensível, vestida com um traje que impede qualquer tipo de abatimento pessoal. Releio os blogs da minha gente de coração, e sinto que aquelas VIDAS sempre lá estiveram... Como foi-me impossível amar-vos de tal maneira?Porque persiste a barreira do sustentável com aquilo que é doloroso e assustador? Vou caminhando nos meus pensamentos distorcidos, e visualizo o sorriso de cada ser que tanto acalora as minhas "borboletas"... mas que merda de pensamento é este de uma chegada que não traz nada de positivo? Como pude-me fartar de um amor colectivo e prazeiroso? Sufoco de gritos reprimidos... Às vezes não entendo, é como se uma força maior movimentasse-me, sem deixar um passo para um retrocesso!


imagem de Tim Simmons

Sunday, October 28, 2007

Where I Belong...

You Belong in Barcelona

When it comes to Europe, you don't want to decide between culture and fun. You want art by day and a big party by night.
Barcelona is ideal for you. You can check out some Picasso, eat some tapas, take a siesta, and then dance all night!

Monday, September 24, 2007

As repetições e as diferenças


A constante repetição de uma passagem.... como se o regresso fosse previsível e a vontade uma ilusão. Sinto-me livre e confusa, não pelo retrocesso mas pela necessidade de um EQUILÍBRIO.


O desbloqueio e as incertezas atenuam-se através de um prazer partilhado. Prazer mudo pelo silêncio da SIMILARIDADE. Pois é, um espelho de nós mesmos!


Sabes, a dependência do mundo externo facilita nas diversidades partilhadas por um mesmo espaço. Um mesmo espaço que se satura pelas fobias emocionais e pela INCERTEZA.


O que é certo? Apenas o facto de todos termos um ciclo de vida, por vezes comum, às vezes desfasado. Foda-se mas que complicação estúpida é esta?Falha na PERCEPÇÃO do outro, na fantasia de uma liberdade que não nos foi recomendada...


Como sinto-me FELIZ na porra desta cidade, sempre em movimento, sempre em acção. Casa de boneca, aromas de sexo incerto. Choro de saudade, choro de medo.


São as consequências de uma lutadora de sonhos. Acredito nas COINCIDÊNCIAS, acredito na necessidade de passagens intermédias para o SALTO final.

Sunday, September 16, 2007

Os pulos da consciência


A nossa pequenez reflecte-se no alcançe dos SONHOS...
como um espreguiçar pequenino com receio do crecimento adulto.
Seres insatisfeitos por natureza, seres imóveis por caprichos.
No que acredito? Na minha paranóia louca,
na força por uma luta bastante clara mas por vezes distorcida.



Lágrimas vertem-se pelo AMOR de uma distância... sempre existiu essa distância.
Talvez novos alicerces conduzam as nossas emoções destreinadas.
Como monstrinhos adultos, ansiosos por um carinho outrora não partilhado.
E eu AMO-VOS tanto... as minhas lágrimas são de felicidade consanguínea.

Sei que têm os OLHARES sobre mim, sei que é uma questão de ciclos!