Monday, March 12, 2007

No limiar do desconhecido


Às voltas, em círculos mais ou menos desfasados, os movimentos surgem naturalmente…
A vibração continua a entranhar-se em cada célula do meu corpo e, sem a percepção do espaço, uma massa pegajosa percorre cada vontade minha. Continuo em movimento e deixo fluir cada borboleta que reside no meu estado de lucidez.
Nada é posto em causa, nada é absoluto. Apenas uma bailarina que persiste em deslocar-se suavemente pelo pensamento criado. Só nós e os cantos de um espaço físico, que de físico não tem nada! Cada passo é imperceptível, resultante de cada afirmação assimilada.
Aparecem diversas gavetas que, como contadoras de histórias, abrem e deixam vivências.
Só interessa o puro e o que pode ser real. Nada de passos projectados pelas constantes ideias da vontade sobrenatural.
O prazer? É o todo de cada movimento dos membros superiores.
O espectro visual abre-se em espiral, sem refracções ou distorções visuais.
Cada símbolo é representado pela imensidão das energias,
sem ruídos estranhos e com um som gostoso no fundo de algo que…